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O Ministério Municipal da Vaidade - agora com selfie institucional inclusa

Ainda a anos-luz de alcançar um desenvolvimento verdadeiramente sustentável e de se tornar uma cidade com plena qualidade de vida para seus moradores, Barra do Garças
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 12/11/2025 14:02

convive com uma realidade que seus gestores parecem incapazes de superar: a dificuldade de nomear, para cargos de primeiro escalão, pessoas que realmente correspondam às expectativas de uma população que paga, com esforço, os salários de seus servidores.

Não são todos, é claro, mas muitos secretários e coordenadores, uma vez empossados, assumem uma postura que beira o exibicionismo - travestindo-se de figuras de destaque, como se o cargo lhes conferisse status de “ministros distritais”. Há quem pareça acreditar que ser secretário municipal é algo superior à simplicidade e à autenticidade do cidadão barra-garcense. Seria prudente que o prefeito voltasse seu olhar a esses personagens, cujo comportamento vaidoso e afetado pouco contribui para a boa imagem e a eficiência da administração.

A prefeitura poderia, inclusive, ouvir os próprios moradores por meio de uma consulta popular sobre a acessibilidade dos secretários, o que talvez revelasse o distanciamento existente entre o discurso de campanha e a prática cotidiana. Muitos perceberiam que o “governo que faria a diferença” ainda não aprendeu a se aproximar de quem realmente importa: o povo.

Há quem diga que, nos corredores do prédio municipal, é fácil se deparar com esses servidores mais preocupados com aparições e flashes do que com o trabalho em si. São figuras que posam para fotos, buscam entrevistas e cultivam a ilusão de protagonismo - como se o simples fato de ocuparem um cargo já os tornasse indispensáveis.

Na contramão desse comportamento, há exceções que merecem ser lembradas. O secretário de Comunicação, Sérgio Alves Santana, por exemplo, mesmo tendo à disposição os meios de divulgação e a visibilidade do cargo, mantém uma postura discreta e respeitosa. É acessível, atende com cordialidade e não se deixa levar pela vaidade que o poder momentâneo costuma despertar.

Por fim, é sabido que cargos como o de secretário ou coordenador resultam, muitas vezes, de indicações políticas. Justamente por isso, os ocupantes dessas funções deveriam cultivar mais humildade e menos exibicionismo. Afinal, a dança das cadeiras é constante e, como se comenta nos bastidores, já há nomes cotados para deixarem seus cargos em janeiro - o que pode ser apenas o próximo passo dessa coreografia de egos e interesses.