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Caças dos EUA voltam a sobrevoar o Caribe perto da Venezuela em nova escalada militar

A presença de aeronaves militares dos Estados Unidos no Caribe voltou a gerar atenção neste domingo (7), após dois caças F/A-18 Super Hornet serem detectados voando ao norte da Venezuela, de acordo com dados abertos de rastreamento aéreo.
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 08/12/2025 10:04
  • Autor: Fonte: COMANDO GERAL

presença de aeronaves militares dos Estados Unidos no Caribe voltou a gerar atenção neste domingo (7), após dois caças F/A-18 Super Hornet serem detectados voando ao norte da Venezuela, de acordo com dados abertos de rastreamento aéreo. Os movimentos ocorreram em meio ao reposicionamento do porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford na área, como parte de uma ofensiva ordenada por Washington para pressionar redes criminosas que operam no hemisfério.

Segundo registros da plataforma FlightRadar24, dois aviões identificados com os indicativos "RHINO11" e "RHINO12" foram observados sobre o espaço aéreo do norte de Curaçao e na frente do estado venezuelano de Falcón.

FlightRadar24

Os voos ocorreram na manhã deste domingo e coincidiram com o retorno do grupo de ataque do Gerald R. Ford, o porta-aviões mais moderno da Marinha dos EUA.

Super Hornet e Bombardeiros B-52: A Escalada Aérea

F/A-18 Super Hornet é o principal caça da aviação naval dos EUA, operando a partir de porta-aviões em missões de combate e patrulha. O Departamento de Defesa descreve o modelo como um avião "multimissão capaz de executar operações ar-ar e ar-superfície", equipado para integrar mísseis guiados e armamento de precisão. A presença da aeronave na região sinaliza um reforço na capacidade de ataque e vigilância.

O movimento dos Super Hornets soma-se a uma semana de intensa atividade aérea americana no Caribe. Três dias antes, dois bombardeiros estratégicos B-52H Stratofortress sobrevoaram o nordeste de Curaçao, também conforme o FlightRadar24. Estas aeronaves, operadas pela Força Aérea a partir da Base de Minot, em Dakota do Norte, completaram voos de longo alcance que as posicionaram em frente ao litoral ocidental da Venezuela.

Comando Estratégico dos EUA afirma que esses aparatos cumprem um papel essencial na doutrina de dissuasão e são empregados em missões que visam "demonstrar capacidade global e prontidão operacional".

Operação Lança do Sul Contra Redes Criminosas

O aumento sustentado da presença militar dos EUA em torno do arco caribenho faz parte da “Operação Lança do Sul” (Operation Southern Spear), anunciada pelo presidente Donald Trump.

A operação concentra recursos navais, aéreos e de inteligência para rastrear e combater movimentos associados ao narcotráfico e a estruturas regionais vinculadas a essas redes criminosas.

Os EUA argumentam que o uso combinado de aeronaves tripuladas e plataformas de observação é necessário para monitorar uma zona onde convergem rotas marítimas e aéreas de alto interesse estratégico.

  • Patrulha Marítima: Os sobrevôos dos B-52 ocorreram após outro grande movimento: seis aviões P-8A Poseidon, especializados em patrulhas marítimas e rastreamento de embarcações, terem sido enviados à área um dia antes.

  • Grupo de Ataque: O retorno do USS Gerald R. Ford ao Caribe estabelece um novo ponto de apoio, integrando destróieres, fragatas e aeronaves com capacidade para manter patrulhas contínuas e reforçar a "segurança marítima" e a coordenação com governos do hemisfério.